domingo, 13 de março de 2011

Em Perus, futebol + samba = Carnaval


Por Cleber Arruda e Jéssica Moreira



No final dos anos 80, um grupo de amigos passou a se reunir frequentemente na rua Tabuleiros de Valença, em Perus, na região noroeste da capital paulista, para jogar futebol e fazer um samba. Quando se deram conta, haviam formado não só um time, mas também um bloco de Carnaval. Os primeiros ensaios e rodas de samba eram realizados na rua que originou o nome da escola. Seis anos mais tarde, em 1993, os eventos foram para o atual barracão, localizado debaixo do viaduto de Perus, em meios aos tremores causados pelos carros que por lá passam.







Com um grande troféu nas mãos, Clóvis Oliveira de Messias, 50, comenta orgulhoso o prêmio conquistado no Carnaval de 2001, quando a atual escola ainda era um bloco e desfilou na passarela do Anhembi, competindo com diversos blocos como o Mancha Verde. A partir dessa conquista, eles se tornaram escola de samba – o Grêmio Recreativo Escola de Samba Valença Perus (Gresp).







Clóvis, que é o coordenador de bateria, explica que para se tornar escola o grupo teve de se adaptar a diversos critérios, como a criação da ala das baianas, além da troca dos porta-estandartes (participante que representa a escola) por porta-bandeiras e mestres-salas. Nos blocos não há comissão de frente, algo estritamente necessário no desfile de uma escola.






O ritmo de preparos finais está a todo vapor. Na parte de cima do barracão, jovens e adultos se divertem na confecção das fantasias. José Vitorino confecciona as roupas ao lado de sua filha, Gabriela Raquely, 13, que frequenta a escola desde pequena. “Vim por causa da cerveja”, brinca Vitorino, que aprendeu a costurar e montar as fantasias na própria escola.

“Sou passista de ouro”, orgulha-se o jovem Davidson da Silva Sabará, 18, que há nove anos frequenta a Valença Perus, onde galgou posições e não pretende trocá-la por nenhuma outra. Ele diz que cresceu dentro da Valença. Antes mesmo de entrar na escola ele já assistia aos desfiles, pois seu irmão mais velho era da bateria. Aos 9, foi destaque da ala das crianças e se apaixonou pelo Carnaval. Quando perguntamos se ele planeja desfilar em uma escola maior, o passista fala convicto que não: “Essa aqui é minha escola de origem, do meu coração. Quero vê-la junto com a Vai- Vai, no Grupo Especial”, sonha. Enquanto Davidson fala de sua paixão pela escola, ajuda os colegas a confeccionar os chapéus que serão usados no dia do desfile. “Eu mesmo fiz minha fantasia”, conta.




Carnaval 2011

Com o samba enredo “A Valença diz no pé - Tô à vontade pra curtir, cantar, sambar, zoar, zoar. Minha escola é Valença, não precisa de dinheiro pra te conquistar”, a escola traz este ano um enredo sobre o dinheiro, fazendo uma volta à história do metal e seus significados. Um camelo gigante, uma das alegorias dos carros, que ainda estava sendo terminado pelo grafiteiro e escultor Antônio Santino Fernandes, 37, simboliza o período no qual as moedas eram trocadas entre os mercadores da época, que viajam por vários lugares, inclusive pelos desertos.




O barracão também é aproveitado para a realização de outros eventos culturais da comunidade durante todo o ano. Já foi palco de oficinas de teatro e treinos de boxe, além de aulas de futebol, que reúne crianças da comunidade para a prática do esporte.

Além disso, a escola realiza um projeto social com os pacientes do Hospital Psiquiátrico Pinel, em Pirituba. Juntos fecham uma rua próxima ao hospital para levar alegria àqueles que não podem se deslocar para assistir a um desfile de Carnaval.



O desfile oficial da Valença de Perus acontecerá no próximo dia 6, no domingo, no autódromo de Interlagos. Vale a pena conferir!




Assim como outras escolas, a Valença também foi prejudicada com as chuvas de janeiro. “Perdemos algumas coisas, mas estamos recuperando. O que perdemos muito foi com os ensaios, que impediu a comunidade de descer pra cá. O material a gente recupera”, lamenta Clovis.A responsabilidade também aumentou. Os blocos carnavalescos são julgados em apenas quatro quesitos: bateria, samba, empolgação e visual. Já as escolas são avaliadas em dez: bateria, harmonia, evolução, letra do samba, melodia, enredo, fantasia, alegoria, comissão de frente, mestre-sala e porta-bandeira.


Cleber Arruda, 29, é correspondente comunitário do Jardim Damasceno.
@CleberArruda
cleber.mural@gmail.com

Jéssica Moreira, 19, é correspondente comunitária de Perus.
@gegis00
jessicamoreira.mural@gmail.com
Escrito por Blog Mural às 17h15

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quinta-feira, 10 de março de 2011

Resultado Oficial Grupo 2 da UESP

Classificação e pontuação - Grupo II

1ª Unidos de Santa Bárbara – 178,75
2ª Flor de Vila Dalila – 178,5
3ª TUP – 177,5
4ª Tradição Albertinense – 177,25
5ª Unidos de São Miguel – 175,75
6ª Valença Perus – 175,75
7ª União de Vila Albertina – 173,75
8ª Só Vou Se Vicê For – 173,25
9ª Príncipe Negro – 173,25
10ª Brinco da Marquesa – 170,75
11ª Portela Z. Sul – 168,25
12ª Estação Invernada – 161

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

zaguinha nossa celebridade

Sou um artista reconhecido na mídia global pelas minhas habilidades. fazendo da bola o prazer de viver, Adquirindo amizades e conhecimentos no mercado da bola fazendo eventos palestras e levando esperanças para outros segdores.
Site www.zaguinhareidasembaixadas.com.br
Zaguinha: 2014:..Este SHOW você não pode perder.
O Brasil o país do futebol samba mulher e Zaguinha, e muita alegria. 2014 está chegando Eu Zaguinha um artista diferente si destaca onde passa Carnaval Gaviões da Fiel Valença samba Perus, feiras de negócios, atletismo, escolas de ensino Ação Propaganda Divulgação de marcas e muito mais, Onde eu passo só dou carinho e muita história de vida. Com determinação, a bola fez a minha perfeição no país do futebol, é a minha profissão. Sendo destaque em todas as competições: Principalmente: Jornal Rádio Revista e Televisão. Sou pioneiro com personalidade de embaixadas diferente e qualidade. Com responsabilidade recebi o titulo de rei das embaixadas no dia 31/12/1996 no Jornal Nacional TV Globo:

ENTREVISTA REALIZADA NO BARRACÃO EM 2005

Força das comunidades mantém carnaval espontâneo na periferia de São Paulo

Antonio Carlos Quinto / Agência USP
Diferente dos grandes espetáculos que são exibidos na TV, o carnaval paulistano da periferia ainda mantém a espontaneidade e maior participação do público que o assiste. “Além disso, sem grandes recursos, as escolas de samba da periferia da cidade sobrevivem quase que exclusivamente do esforço de seus componentes, a maioria da própria comunidade”, avalia Nanci Frangiotti, que realizou o estudo O espaço do carnaval na periferia da Cidade de São Paulo, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

Administradora de empresa por formação, Nanci resolveu estudar o carnaval após ter trabalhado no Parque Anhembi, empresa da São Paulo Turismo responsável pela organização da festa no sambódromo de São Paulo, e por participações em projetos na União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP). “Enquanto a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo organiza o carnaval das escolas maiores, as do grupo principal, a UESP é responsável pelos desfiles nos bairros com os grupos das escolas menores”, explica.

O objeto de estudo da pesquisadora foi a Escola de Samba Valença Perus, localizada no bairro de Perus, na Zona Norte da cidade. “As escolas menores devem ter um número médio de 500 componentes”, lembra Nanci. Mesmo com um número reduzido de pessoas em relação às grandes escolas de samba, a pesquisadora destaca a união da comunidade em torno da realização do carnaval. Ela acompanhou toda a organização da Valença Perus no ano de 2005. No anos seguinte, em 2006, a agremiação desfilou no organizado pela UESP.

“Enquanto nas escolas de samba maiores muitas pessoas são contratadas para idealizar e fazer o carnaval e existem patrocínios, nas escolas da periferia a participação popular é intensa. Não há contratação de costureiras, serralheiros e artistas plásticos, entre outros. Em geral, apenas o carnavalesco é contratado”, descreve. Nanci lembra que os baixos recursos destas entidades fizeram com que as comunidades aprendessem a reciclar os mais diversos materiais. “Incrível o que conseguem fazer com tampinhas de garrafa. Até lantejoulas!.” Todo o esforço da comunidade é recompensado posteriormente com a distribuição gratuita das fantasias. “Nas grandes agremiações, as fantasias têm de ser compradas pelos componentes”, ressalta Nanci, lembrando que somente os ‘destaques’ custeiam suas próprias fantasias.

Espaço socializador
A força da comunidade torna a escola de samba da periferia um espaço socializador de diversas atividades. “Ali se reúnem as famílias com suas crianças e existe uma constante troca de informações, desde uma indicação a um emprego até uma simples recita culinária entre as mulheres”, conta.

E é justamente esse espaço socializador que Nanci considera que poderia ser melhor aproveitado pelo poder público. “Ao contrário do que muitas pessoas podem imaginar, a violência registrada na periferia não atinge estes espaços. Há todo um código moral nas quadras das escolas, de maneira geral. Chegam a proibir consumo de drogas, por exemplo, e mesmo no entorno desses locais há o respeito da população”, destaca. “Ao invés de contruir novos espaços para atividades das mais diversas, a administração pública poderia entrar em acordo com estas comunidades e aproveitar estes espaços.”

Samba no autódromo
As escolas de samba da periferia realizam seus desfiles em alguns bairros da Capital, como na Vila Esperança, na Zona Leste, Butantã, na Oeste, e Interlagos, na Zona Sul. Neste último bairro, a pesquisadora chegou a se surpreender com a participação popular. “Quando ouvi dizer que o desfile deveria ser no autódromo de Interlagos, a primeira reação foi de espanto em ver a realização do carnaval num espaço tão distinto”, conta. Mas para minha surpresa, foi uma festa excelente e com grande participação do público nas arquibancadas do circuito.”

Nanci diz que a participação do público é direta, justamente por não haver nos desfiles dos bairros estruturas tão rígidas como as que existem no espaço do sambódromo. “As pessoas ficam mais próximas, participam mais e se divertem mais”, avalia.

Segundo a pesquisadora, já é tradição da Valença de Perus desfilar pelo bairro na terça-feira de carnaval. Ela conta que o desfile acontece de forma que o público acaba participando integralmente da escola. “Numa das manifestações que acompanhei milhares de pessoas acompanharam o desfile numa grande festa”, lembra Nanci. Nos bairros, os regulamentos dos desfiles são praticamente os mesmos, mas segundo a pesquisadora, a escola por ter menos recursos não faz um carnaval tão vertical como acontece no desfile principal, com grandes carros alegóricos. “A diferença é que as escolas principais acabam sendo um produto de mídia, enquanto na periferia podemos dizer que ainda há o carnaval solidário e de maior participação popular.” A dissertação de mestrado de Nanci foi apresentada na FFLCH em agosto de 2007, sob orientação da professora Glória Alves.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Dowload do Samba Enredo 2011

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PARA SER SAMBISTA É PRECISO ...

SER CORAJOSO A PONTO DE DEIXAR MUITOS COMPROMISSOS DE LADO PARA FAZER O CARNAVAL VALER A PENA.
É CHORAR DE TRISTEZA QUANDO DEIXA DE GANHAR UM CARNAVAL.
CHORAR DE ALEGRIA QUANDO SE GANHA O CARNAVAL.
NÃO TER PRECONCEITO COM COR, RAÇA , COM POSIÇÃO SOCIAL .
SER SAMBISTA E RESPEITAR SEU PAVILHÃO , DEFENDE-LO EM QUALQUER SITUAÇÃO , FAZER DO SAMBA UMA RELIGIÃO
SER SAMBISTA É SENTIR O CORAÇÃO BATER  FORTE QUANDO SE OUVE O HINO DA ESCOLA, SER SAMBISTA É OUVIR O BATUQUE DA BATERIA COMO SE FOSSE UMA CANÇÃO DE NINAR.
SER SAMBISTA É SEMPRE CONTAR COM O IMPREVISTO NA QUADRA OU NA AVENIDA , TER A FORÇA DE  SANSÃO PARA CARREGAR NOS BRAÇOS UM CARRO ALEGÓRICO QUE SE QUEBRA NA AVENIDA É TER DISPOSIÇÃO PARA FAZER A EVOLUÇÃO ACONTECER É SE ENCANTAR COM O BAILADO DO MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA É RESPEITAR TODOS OS COMPONENTES DA SUA E DE OUTRAS AGREMIAÇÕES .
SER SAMBISTA É ACIMA DE TUDO TER RESPEITO PELO PRÓXIMO , AMAR O QUE FAZ E SABER QUE NENHUM CARNAVAL É IGUAL AO OUTRO CADA ANO É UMA NOVIDADE .
SER SAMBISTA É TER O SANGUE CORRENDO NAS VEIAS EM FORMA DE NOTAS MUSICAIS .
SER SAMBISTA É  TER UMA COMISSÃO DE FRENTE DE PENSAMENTOS BONS , UM ABRE ALAS NA VIDA CHEIO DE ESPERANÇA , UMA BATERIA DE AMOR ,E PASSAR PELAS ALAS DA VIDA COM MUITO RESPEITO SER SAMBISTA É VIVER EM HARMONIA .
SER SAMBISTA É DIZER EU AMO , RESPEITO E DEFENDO MEU PAVILHÃO EM QUALQUER SITUAÇÃO...


O MEU CORAÇÃO É VERDE OURO O MEU CORAÇÃO É VALENCIANO..



CLEO VALENÇA